quinta-feira, 10 de junho de 2010

SITES INTERESSANTES !

Gosteei muito desses sites : são fenomenais : vale a pena vocês conferirem :

Isto é uma foto?
http://www.itaucultural.org.br/fotografia/abertura.html

Isto é arte?
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Modernismo passo a passo:
http://www.itaucultural.org.br/modernismo/index.html

Por dentro do barroco:
http://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html

Artistas viajantes:
http://www.itaucultural.org.br/viajantes/default.html

O conteudo na forma:
http://www.itaucultural.org.br/anos50/home.html

Tchaaauuziinho praa vocees ! :*

CHANCHADA

Chanchada, em arte, é o espetáculo ou filme em que predomina um humor ingênuo, burlesco, de caráter popular. As chanchadas foram comuns no Brasil entre as décadas de 1930 e 1960.
A produtora carioca
Atlântida descobriu nos filmes carnavalescos um grande negócio, capaz de fazer muito sucesso entre o público brasileiro. Sem dúvida, ela foi a grande responsável pelo sucesso das chanchadas e a pioneira em adotar os temas carnavalescos em forma de musicais.
Após o esgotamento da fórmula que fazia uso de temas carnavalescos, a Atlântida passou a adotar argumentos, enredos e situações mais complexas e heterogêneas. É neste período, entre as décadas de 50 e 60, que os filmes ganham maior empatia com o público e a Atlântida vivia seu auge. O Brasil da época tinha laços de dependência com a cultura norte-americana, o que gera atitudes colonizadas dos produtores, do público e da crítica. Desta forma, as chanchadas passam a basear-se na paródia do cinema dos
Estados Unidos para atrair o público.
Características
Apesar das produções serem feitas a partir da
caricatura e trejeitos norte-americanos, eram adicionados temas do cotidiano nacional, como as anedotas tipicamente cariocas e o jeito malandro de falar e se comportar do brasileiro.
O resultado obtido eram produções genuinamente brasileiras, que foram capazes de lotar as salas de cinema por um longo período. Com a liberação dos costumes, começaram a ser produzidas no início dos anos 70 as chamadas
Pornochanchadas, inspiradas em comédias italianas e filmes eróticos europeus.
As cinco fases das chanchadas
O termo chanchada surgiu, para designar os filmes brasileiros nos anos 30. Várias teses de críticos como
Jean Claude Bernadet, Ana Cláudia Zacco, e Guilherme Heffner, ampliam essa fase, colocando o início em 1908 - com o surgimento do primeiro filme de ficção Nhô Anastácio Chegou de Viagem - em meados de 1960, com as últimas tentativas de chanchada. Já outros consideram o movimento 'chanchada', desde 1929, com o primeiro filme falado - a comédia Acabaram-se os Otários, de Luiz de Barros - em meados de 1960, devido a incursão do Cinema Novo, e a definitiva abolição das comédias ingênuas e carnavalescas. Há ainda terceiros que apenas incluem os filmes da Atlântida, a partir do primeiro conceito ideal de chanchada, o musical Carnaval no Fogo, 1949. E o seu término, com o último musical da empresa, Garotas e Samba, 1957.
Primeira fase - As comédias mudas
Pode-se distinguir 5 fases distintas do processo de formação da chanchada convencional. Que funcionava da seguinte maneira: O mocinho e a mocinha perseguidos pelo
vilão, e ajudados pelo cômico, embalados em músicas carnavalescas, muitas confusões e brigas, até chegar ao final apoteótico e feliz.
A primeira tentativa de humor no cinema foi em
1908, com o curta Nhô Anastácio Chegou de Viagem. Basicamente a história contava as desventuras de um caipira na cidade grande, que se envolvia com uma corista, e no final apanhava de sua mulher. Aí pode se perceber alguns traços do que viria a se tornar a chanchada dos anos 50. Principalmente as de Zé Trindade, cômico baiano que encarnava um mulherengo que vivia perseguido por sua terrível mulher. As comédias mudas tiveram vida curta, devido ao advento do som em 1929.
Eram basicamente de forma linear, e inspiradas em espetáculos teatrais de sucesso. Geralmente revistas. Dessa fase Augusto Aníbal, um popular cômico teatral, se destacou com o filme
Augusto Aníbal Quer Casar, 1923, onde o diretor Luiz de Barros fazia a incursão do homosexualismo. Algumas operetas filmadas, A Viuvinha, 1909, e revistas filmadas, Paz e Amor, 1910, merecem destaque por terem inspirarado alguns diretores na criação dos "filmusicais", gênero mais próximo do musical americano, e do carnavalesco da Atlântida.
Segunda fase - Os filmes musicais
A partir de
1929, com o primeiro filme falado do Brasil, abriu-se um leque de oportunidades para o nosso cinema. Luiz de Barros, o pioneiro do cinema sonorizado no país, continuou fazendo filmes precários, do gênero de Acabaram-se Os Otário, sem sucesso, até que, em 1933, a empresa cinematográfica Cinédia lançou um semi-documentário chamado A Voz do Carnaval, o qual não passava de um desfile de cantores da época, misturando cenas do carnaval carioca e paulista. Sucesso imediato. O filme atraiu ao cinema milhares de fãs de rádio, que queriam ver como eram aqueles cantores, conhecidos somente pela voz.
A empresa então lançou outros musicais carnavalescos, com destaque para
Alô, Alô, Carnaval(1936), um marco para o cinema brasileiro. Com um fiapo de enredo e muita música, o filme foi considerado o maior sucesso dos anos 30, e juntava os maiores cantores do Brasil na época: Carmen Miranda, Francisco Alves, e outros grandes cartazes do rádio. Além disso, a empresa lançou comédias, adaptadas do Teatro de Revista, revelando grandes cômicos como Oscarito, Grande Otelo, Mesquitinha e Walter D'Ávila.
Terceira fase - Os carnavalescos da Atlântida
A empresa cinematográfica Atlântida foi fundada por intelectuais, que queriam um compromisso com o cinema sério. A primeira fita da empresa foi um sucesso,
Moleque Tião, 1943, um melodrama sobre a vida do ator Grande Otelo, que atuava como ele mesmo. Já o segundo filme, um drama intenso, foi um fracasso. Seguiram-se alguns outros dramas, que foram mal de bilheteria.
O que os intelectuais temiam aconteceu, apelaram para o musical, que vinha dando certo com outras companhias de cinema (como a Cinédia e a Sonofilmes). O primeiro carnavalesco foi
Tristezas Não Pagam Dívidas 1943, com Oscarito e Jayme Costa no elenco. Um estrondoso sucesso, fazendo a companhia repetir a dose e a fórmula, de trechos cômicos (livremente inspirados em peças teatrais), muita música, e um fiapo de história.
A dupla Oscarito e Grande Otelo tomou conta dos cinemas na época. Com uma química ímpar, a dupla arrastou multidões ao cinema, até
1954, quando filmou seu último trabalho. Nos anos 40, os dois filmaram a maioria dos carnavalescos da Atlântida, Oscarito no primeiro papel, e o grande Grande Otelo como faxineiro, secretário, uma escada para o sucesso do amigo. O filme mais completo dessa fase foi Este Mundo É Um Pandeiro, 1947, um fenômeno digirido por Watson Macedo.
Quarta fase - A chanchada
O diretor Watson Macedo, responsável pelos grandes filmes dos anos 40, filmou em
1949, com um argumento do galã Anselmo Duarte, o primeiro e ideal conceito de chanchada. Carnaval no Fogo contava com todos os igredientes do fênomeno desse gênero popular: O mocinho e a mocinha em perigo. O cômico tenta ajudá-los mas se dá mal. O vilão os aterroriza. Mistério. Luta final. Final Feliz. Nesse filme, Oscarito e Grande Otelo protagoniazam a célebre cena do balcão, de Romeu e Julieta, e se consagram como os maiores comediantes do Brasil.
A partir daí, a empresa se especializa no gênero, e produz várias chanchadas. Watson Macedo ainda dirige Aviso aos Navegantes
1950, uma espécie de continuação do filme anterior, e uma das maiores e mais lembradas chanchadas do país. O diretor sai da Atlântida, em 1951, após dirigir seu último filme na companhia, Aí Vem o Barão. Watson ganhava muito mal, e resolveu partir para a produção independente, fundando a Watson Macedo Produções Cinematográficas.
As chanchadas deixam de ser exclusivamente carnavalescas, e passam a ter um tom mais debochado, parodiando o cinema americano e a política nacional. Quem domina essa área é o diretor
Carlos Manga, que assume o papel de Watson, e cria belíssimas chanchadas, com um padrão de qualidade muito superior, valorizando a fotografia e os aspectos técnicos. Começa em 1953, com a melodramática história de Dupla do Barulho, uma espécie de homenagem ao ator Grande Otelo. Seguem-se outros grandes filmes, e inesquecíveis cenas. Nem Sansão Nem Dalila, 1954, e O Homem do Sputnik, 1959 são os maiores filmes dessa época. Oscarito brilha sem parceiro mas com uma força que quase monopoliza o mercado cinematográfico, fazendo a Atlântida faturar rios de dinheiro, mas ganhando muito 'mal'. Estrelou todos os filmes, e praticamente não teve rival, até que, em 1956, surge outra companhia cinematográfica, a Herbert Richers.
Quinta fase - As chanchadas B
Antes do surgimento da Herbert Richers, algumas companhias também lançaram suas chanchadas. A Cinelândia Filmes, lançou várias comédias com um novo ator encabeçando o elenco:
Ankito. Com grande sucesso, repetia a fórmula, mas o nível técnico das chanchadas estavam bem abaixo dos da Atlântida.
A Herbert Richers então chegou, como rival da Atlântida, e com a direção do ambicioso
Luiz Severiano Ribeiro Jr, monopolizou o circuito comercial e exibidor. Surgiram novos e grandes cômicos: Zé Trindade, Dercy Gonçalves e Ankito, que tiveram seus grandes momentos. Uma enxurrada de chanchadas invadiam o país. A crítica cinematográfica ia à loucura. Condenava o gênero ao inferno.
Com sérios problemas de fotografia, montagem, sonografia, etc, e com a história sendo quase sempre a mesma, eram chamadas de 'Chanchadas tipo B'. Mesmo assim, o seu sucesso junto ao público era garantido, o qual se preocupava somente com uma coisa: rir. Zé Trindade era um sujeito baixinho, voz esganiçada, feioso, mas fazia o maior sucesso com a mulherada. Tinha os seus famosos bordões Caiu na risada considero castigada, Mulheres, cheguei!. Dercy, histriônica, fazia os filmes mais engraçados da época, sempre como personagem-título. Cala a Boca Etelvina,
1958 e A Viúva Valentina (1960), são alguns exemplos. Ankito, muito semelhante ao Oscarito, era um cômico de circo. Seus filmes eram quase sempre a mesma coisa, mas deliciosamente singulares. Fez várias chanchadas de sucesso, várias carnavalescas, com destaque para Metido a Bacana, 1957 e Pistoleiro Bossa Nova, 1959. A par disso, a Atlântida mantinha seu alto padrão técnico, suas chanchadas inesquecíveis, e o seu reinado um pouco abalado. Watson também foi responsável por grandes momentos do cinema na década. Sua sobrinha, Eliana, protagonizou quase todos os filmes do diretor. Às vezes de Carmen Miranda, às vezes de ladra, menina sapeca, jovem do interior, ou mocinha simplesmente, essa sim, brilhou com tudo nas chanchadas do tio. Entre seus maiores filmes estão Maria 38, 1958 e Alegria de Viver, 1958.

SAMBA CANÇÃO

Samba-canção é um gênero musical originário do samba baseado no Romantismo, também denominado Samba Romântico, influenciado pelas baladas americanas e pelo bolero Mexicano, caracterizando-se como o samba lento e melodioso do Brasil. O samba-canção apresenta marcação forte do samba pelo pandeiro e por boleros e baladas brasileiras, por meio de outros instrumentos rítmicos, inclusive o tambor. Samba-canção surgiu no final da década de 1930 como o gênero das rádios da época, permanecendo na Rádio Gazeta por muito tempo, desde a fundação até a década de 1990, quando o romantismo na música brasileira começou a cair de moda e dar lugar a outros gêneros de samba mais agitantes e descontraídos como o pagode.
Por ser muito romântico, exaltando o tema amor-romance e o sofrimento por um amor frustrado, como ocorre no bolero e na balada, o samba-canção recebeu, em seus estilos de música, a denominação de "fossa (dor-de-cotovelo)". Desta forma, varia do puramente lírico, exaltando o vocabulário bastante culto e muito elaborado nas letras, representado por autores mais recentes; a mais famosa
Ângela Maria, ao trágico, característico de alguns autores como Dolores Duran e Lindomar Castilho. Por esta razão, pode-se dividir o samba-canção em duas gerações de sucesso do estilo.
Primeira geração (1940-1970)
E a geração mais primitiva do samba-canção, em que ele se apresentava como uma mistura entre bolero
lento e samba. Nessa época, o gênero era muito cantado e falado ao mesmo tempo como se fosse as cantigas medievais, que facilmente deixavam de versar sobre o puro lírico para ir ao trágico romance, em que sempre alguém perdia na relação amorosa, mostrando muito sofrimento. Porém, apesar do samba-canção ser um estilo definido, ele foi sofrendo outras influências ao longo do tempo. Na década de 1950 o gênero recebeu a forte influência da balada americana. Mas, uma das maiores contribuições do Samba-canção foi na influência que esta exerceu na origem da Bossa nova---esta também cantada lentamente, romanticamente, num mesmo embalo que iniciou marcando-se popularmente como um "Samba-Bossa" e até, as vezes, exageradamente de interpretação sofrida (alguém que sofria de saudade, por exemplo). Cantores mais populares da Bossa nova, como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim, exemplificam este lado de transição típica à Bossa nova que originou -se da Primeira geração do Samba-canção quando Caymmi, Moraes ou Jobim falavam durante suas melodramáticas canções com muito romanticismo e ainda dentro de um rítimo que é o da Bossa nova no final da década de 50. Nota-se que em Forma e Estilo as duas músicas são similares.
O primeiro grande sucesso do gênero foi Linda Flor (Ai, Ioiô, de
1938), composta por Vogeler, Luís Peixoto e Marques Porto, gravado por Vicente Celestino e Aracy Cortes.
Nessa época surgiram também outras músicas famosas como Último Desejo, de
Noel Rosa; Eu Sinto Uma Vontade de Chorar, de Donga; Menos Eu, de Roberto Martins e Jorge Faraj.
Assim, os autores expoentes da primeira geração foram:
Cartola, Dolores Duran, Noel Rosa, Lindomar Castilho, Nora Ney, Elizeth Cardoso, Nelson Gonçalves, Maysa Matarazzo e Ângela Maria, que continuou a fazer sucesso durante toda a segunda fase.
Segunda geração (1970-1990)
A segunda geração desviou-se, em alguns aspectos, do que era o Estilo e a Forma da Primeira geração e é marcada pelas músicas românticas modernas, influenciadas pela musicalidade de
teclado eletrônico, que personaliza os sons de balada, samba bem calmo e às vezes bolero lento, também influenciadas pela música sertaneja, a modinha do interior de algumas regiões do país. Assim, tudo se mistura como novas tendências dos anos 70 em que o samba vai perdendo a sua força nas rádios em relação à música eletrônica e dance e ao rock nacional. A única rádio que conseguiu recuperar a cara musical do Brasil e em especial o samba-canção, foi a Gazeta FM. Esta faz, todo mês, um quite de recordações de todas as épocas do gênero e artistas famosos. Uma grande expressão dessa recuperação foi o aparecimento de grupos como o Art Popular, surgido no final dos anos 70, principalmente com o sucesso das músicas "Temporal" e "Dizem que a felicidade" e a cantora Ângela Maria e suas participações especiais em grupos. Surgiu também, como grande expoente do gênero nessa época, o Alexandre Pires, que criou músicas de ouro também em espanhol e mais tarde foi ser membro de um grupo de pagode denominado Só Pra Contrariar, o Araújo de Morais, e o grupo Canções de Amor.
Depois dos anos
1990, o samba-canção sai do sucesso e hoje sofre com as novas tendências e, apesar da qualidade musical ser superior a outros estilos, ele perde para o pagode romântico, que se utiliza de um pouco do gênero para dar tom amoroso e ao mesmo tempo mantém seu tom festivo e apelativo, sem muito compromisso com a elaboração das letras. Assim, mesmo que o tema amor-romance ainda exista, o estilo suave, muito elaborado e melodioso não tem mais espaço na musicalidade brasileira, o que pode extinguir o gênero em pouco tempo.

MARCHINHAS DE CARNAVAL

Nesse site: http://letras.terra.com.br/marchinhas-de-carnaval/
Mostra as marchinhas de carnaval, bem legal e interessante!

HISTORIA DO MPB

Página 21 da apostila

Resenha da peça : HISTÓRIA DO MPB

  • Como nasceu
  • Cada década
  • Cantores, bandas principais
  • Musicas que marcaram
  • Músicas em cada estado brasileiro
  • Ritmos do MPB
  • Cantores, bandas que não fizeram sucesso
  • Motivos que bandas/ cantores, acabaram

Dados tecnicos da peça:

  • Apresentação: em shoppings, teatros, restaurantes, principalmente nos cafés coloniais.
  • Duração: poderá ter vários dias, ou também em um dia só, dividido em 2 tempos (1º tempo= 1h30min, um intervalo de 30 min, 2º tempo= 2hs.)
  • Personagens: +/- uns 10, cada um apresentará algo.
  • Cenário: um fundo preto ou vermelho com notas musicais penduras em um fio de nylon, algumas poltronas.

O samba e a marcha

http://www.educacional.com.br/multimidia/capa.asp?idPublicacao=46881&Param=5,0#

Nesse site do PORTAL POSITIVO, mostra sobre o samba e as marchinhas, vale a pena conferir !

terça-feira, 1 de junho de 2010

Pagode !

Nos países orientais: China, Japão, Coréia e Nepal; a palavra pagode designa local religioso, situado dentro ou próximo de templos, na maioria budista. No Vietnã, designa local de trabalho, portanto, no Vietnã, ir ao pagode é trabalhar.

Segundo o Dictionnaire Historique de La Langue Française, a palavra surgiu pela primeira vez no idioma frances em 1545, significando “templo de uma religião oriental”. No dicionário atual da língua portuguesa, a palavra pagode significa “reunião informal”, já referida às festas organizadas nas senzalas pelos escravos.
Na definição academica do folclorista Câmara Cascudo, é uma festa regada com comida e bebida, e de reunião íntima. No Brasil, a palavra designa muito mais um estilo musical ligado às raízes do samba.

Grupos mais tradicionais como “Fundo de Quintal” e “Originais do Samba” já manifestavam essa vertente musical. Na década de 90, o Brasil viveu sob a febre do pagode romântico e universitário.

O pagode romântico ficou marcado no mercado fonográfico por grupos como “Só pra contrariar”, “Raça Negra”, “Exaltasamba”, “Soweto”, “Karametade”, “Molejo”, entre outros. O pagode universitário, mais pop, surge em grupos formados por jovens universitários de classe média, assim como o grupo Inimigos da HP.

Samba !

Origens do Samba, Significado, História do Samba e Principais Sambistas
O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem
africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente.

As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida e Donga .Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Neste período, os principais sambistas são: Sinhô Ismael Silva e Heitor dos Prazeres .Na década de 1930, as estações de rádio, em plena difusão pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares.

Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa autor de Conversa de Botequim; Cartola de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze. Na década de 1970 e 1980, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc.Outros importantes sambistas de todos os tempos: Pixinguinha, Ataulfo Alves, Carmen Miranda (sucesso no Brasil e nos EUA), Elton Medeiros, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Clara Nunes, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe. Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Principais tipos de samba:
Samba-enredoSurge no Rio de Janeiro durante a década de 1930. O tema está ligado ao assunto que a escola de samba escolhe para o ano do desfile. Geralmente segue temas sociais ou culturais. Ele que define toda a coreografia e cenografia utilizada no desfile da escola de samba.
Samba de partido altoCom letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.


Pagode
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, nos anos 70 (década de 1970), e ganhou as rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um ritmo repetitivo e utiliza instrumentos de percussão e sons eletrônicos. Espalhou-se rapidamente pelo Brasil, graças às letras simples e românticas. Os principais grupos são : Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra, Katinguelê, Patrulha do Samba, Pique Novo, Travessos, Art Popular.

Samba-canção
Surge na década de 1920, com ritmos lentos e letras sentimentais e românticas. Exemplo: Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto.

Samba carnavalesco
Marchinhas e Sambas feitas para dançar e cantar nos bailes carnavalescos. exemplos : Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa entre outras.

Samba-exaltação
Com letras patrióticas e ressaltando as maravilhas do Brasil, com acompanhamento de orquestra. Exemplo: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de brequeEste estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários, muitos deles em tom crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo é Moreira da Silva .


Samba de gafieira
Foi criado na década de 1940 e tem acompanhamento de orquestra. Rápido e muito forte na parte instrumental, é muito usado nas danças de salão.

Sambalanço
Surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz.. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.

Dia Nacional do Samba
- Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.

- Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.